Presentes! Africanos e Afrodescendentes no Porto é um primeiro esforço para fixar um retrato colectivo, certamente incompleto e aberto a actualizações, de uma comunidade em acelerado crescimento na cidade mas cuja inscrição no espaço público permanece deficitária. E é também um esforço para que, confrontado com este seu talvez inesperado espelho, o Porto possa reconhecer-se — e festejar-se! — como uma cidade não exclusivamente branca. Maioritariamente encontradas ao acaso, em deambulações aleatórias pela cidade, as 40 pessoas que aqui aparecem fotografadas — algumas recém-chegadas, outras aqui nascidas; algumas de passagem, outras profundamente enraizadas — materializam uma comunidade cuja presença física e simbólica foi, até ao momento, pouco documentada, ou mesmo genericamente ignorada. Eu próprio um membro desta multidão, junto-me a elas nesta instalação que pode ser vista como uma manifestação, uma vigília, uma festa, ou apenas como uma assembleia de afroeuropeus, afroportugueses, afroportuenses — sem hífen — na cidade a que chamam casa. A minha nova exposição pode ser vista no MIRA FORUM, rua de Miraflor, 145, de terça a sábado das 15h às 19h. Este projecto teve o apoio da DGArtes.
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Em 1890, Guerra Junqueiro foi eleito deputado pela segunda vez, representando então o distrito de Quelimane, em Moçambique. Através do espólio depositado na Casa-Museu Guerra Junqueiro, esta exposição ficciona o seu encontro com um território que nunca visitou. A viagem que Guerra Junqueiro nunca fez é a minha primeira exposição individual. Será inaugurada às 18h do próximo dia 7 de Março, na Casa-Museu Guerra Junqueiro (Rua de Dom Hugo, 32), Porto.
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Fim de estação?

by josesergio· October 09, 2018· in Quotidiano· 0 comments
Parece que verão está de saída. Mas acho que não me posso queixar da despedida.
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– Eu! Eu sou o elefante africano. – Ah! Com essa elegância asiática, não te diria de África, mas olhando bem talvez, de perfil tens traços indianos e vendo essas orelhas… sim, pode ser! Este é o tipo de conversa que poderia considerar razoável. No mundo dos elefantes, as pequenas diferenças estão de facto nas orelhas e nos marfins (o africano é maior do que o asiático ou indiano, como é conhecido). E no nosso mundo? África, ou ser africano, está na moda por esta Europa fora. Dependendo, é claro, do tal africano. Convém ser artista, modelo ou futebolista: se não couberes dentro dessa bolha chamada status, cais no lado marginal do imigrante, e aí estás fodido. Feições indianas, cabelo de africana, pele de europeia. Blá! Blá! Blá!… – O meu editor vende-me como angolano/africano, e não como português, porque é menos sexy: Kalaf Epalanga, há dias na Feira do Livro do Porto, num debate com Telma Tvon, moderado por Sheila Khan, um painel todo ele africano (ou europeu?) perante uma plateia maioritariamente europeia. Por que é que temos de ter estes rótulos? Por que é que primeiro temos de passar por essa aprovação? – De onde és? – Português […]
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