Sim! Gosto do conceito! Sim! E o meu Moçambique é escusado dizer que amo, como é lógico, sem sobra de dúvida que sim! Mas já que me sentei ao computador para falar do My Love, vou tentar traduzir essa maneira muito particular de estar dentro de um transporte: abraços muito apertados ao próximo, e, por sua vez, do próximo também ao seu próximo, (quase) todos em pé até preenchermos os espaços vazios de uma carrinha ou de um barco, afinal é uma questão de sobrevivência, pois só assim, completamente cheio, o transporte terá ordem de marcha. Assim nos fazemos transportar em Moçambique. Amor ao próximo do verdadeiro, abraços e bem fortes são a regra; em caso de incumprimento, podemos correr o risco de ir parar ao alcatrão, debaixo do carro em que seguíamos e atropelados pelo próprio, ou então ao mar, trucidados pelas hélices do barco que nos transportava. Acontece. Chamam-se My Love as carrinhas de caixa aberta que servem de meio de transporte alternativo ao vulgo Chapa 100 (uma espécie de minibus), também este alternativo ao machimbombo (autocarro) e aos TPM (Transportes Públicos de Moçambique). O mesmo se pode aplicar aos barcos, diria eu, sendo que nos barcos há […]
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Podia ter tido um sonho destes. Um sonho em que passava a tarde a pescar, e à noite tinha em cima da mesa, com um garfo de um lado e uma faca do outro, os frutos da minha paciência.  Ou em que mergulhava de cabeça  num conto de fadas e tinha em cima da mesa, com um garfo de um lado e uma faca do outro, o mar, o rio e a montanha. No dia anterior lá estava lá como um bom pé-rapado dentro de uma tenda num parque de campismo, algo que faço com muito gosto. Mas não há dois dias iguais! Acordei e a minha companhia de viagem disse-me: “Vamos ter mais um dia de estrada, mas este será diferente, não  nos esqueceremos!”. Lá fomos nós, e às tantas, após uma encruzilhada, vimo-nos como que a descer um desfiladeiro. Cheguei a pensar que íamos parar no fim do mundo. Quanto mais descíamos, mais serpenteava a estrada. E quando menos esperávamos (ou quando já não esperávamos…) um  lugar meteu-se na nossa estrada, estávamos lá, tínhamos finalmente chegado ao destino. Casa Marcial, sim, lá estávamos nós. No jardim junto ao parque de estacionamento por onde entrámos, gente muito aprumada naquilo […]
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Depende de que lado bebemos um copo de vinho! “Em Portugal, as pessoas são imbecis ou por vocação, ou por coacção, ou por devoção” – Miguel Torga. Gosto de beber um copo! Confesso, e assumo, sou aquela pessoa com espírito de rico em corpo de pobre! Gosto de escolher e aconselhar bem, bons lugares com uma boa relação preço/serviço. Convite de amigos para um concerto de jazz, pelo caminho alguém sugere um copo antes: – E porque não numa típica casa regional, que nos saia em conta (isto, claro, em Lisboa)? Fomos a uma casa com sabores alentejanos, “Lisboa na moda”, o interior estava a abarrotar, retomámos a calçada, muito turística, e qual o espanto!? A casa tem uma parte não só virada para a calçada mas também com uma pequena esplanada, vimos uma mesa vazar… zás!, a nossa oportunidade, todos muito felizes com a nossa reacção rápida. Veio a carta de vinhos, e claro que para nós não havia duvidas, era o da casa e pelo sim, pelo não, certificámo-nos de que era mesmo o da casa. – Quatro copos de vinho, por favor! Era a gula por um copo para o caminho antes do jantar, e depois o […]
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Gosto destes dias soalheiros! A única coisa que peço, como diria a qualquer um que me entrasse porta adentro, é que quando chegarem peçam licença. Se não é muita areia para a minha cabeça, é muito pisca-pisca. Já sei que a Primavera só começa em Março. Todos os dias em que saio de casa penso que estamos no Inverno, claro, e toca a encasacar-me; a meio do dia preciso quase de uma mala para a roupa que levo porque já não aguento o calor. Ao sol, claro! À sombra é outra conversa! Verdade que só ao sol vejo o pessoal a “tostar”. Talvez seja um problema meu. Ou a falta do swag. Sim porque em casa tenho uma turma com muito swag, e um dos da turma pertence à ala dos que não põem casacos. Porque há varias categorias dentro do swag (se é que eu percebo alguma coisa do assunto). Mas quando se cruzam uns com os outros quase que só de t shirt não se ouve mas vê-se (cumprimento com um movimento de dança). – Dab – Dab para ti também A esta altura, já imagino os meus filhos, ao lerem estes meus devaneios, a levarem as mãos […]
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