Podia ter tido um sonho destes. Um sonho em que passava a tarde a pescar, e à noite tinha em cima da mesa, com um garfo de um lado e uma faca do outro, os frutos da minha paciência. Ou em que mergulhava de cabeça num conto de fadas e tinha em cima da mesa, com um garfo de um lado e uma faca do outro, o mar, o rio e a montanha. No dia anterior lá estava lá como um bom pé-rapado dentro de uma tenda num parque de campismo, algo que faço com muito gosto. Mas não há dois dias iguais! Acordei e a minha companhia de viagem disse-me: “Vamos ter mais um dia de estrada, mas este será diferente, não nos esqueceremos!”. Lá fomos nós, e às tantas, após uma encruzilhada, vimo-nos como que a descer um desfiladeiro. Cheguei a pensar que íamos parar no fim do mundo. Quanto mais descíamos, mais serpenteava a estrada. E quando menos esperávamos (ou quando já não esperávamos…) um lugar meteu-se na nossa estrada, estávamos lá, tínhamos finalmente chegado ao destino. Casa Marcial, sim, lá estávamos nós. No jardim junto ao parque de estacionamento por onde entrámos, gente muito aprumada naquilo […]
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