– Eu! Eu sou o elefante africano. – Ah! Com essa elegância asiática, não te diria de África, mas olhando bem talvez, de perfil tens traços indianos e vendo essas orelhas… sim, pode ser! Este é o tipo de conversa que poderia considerar razoável. No mundo dos elefantes, as pequenas diferenças estão de facto nas orelhas e nos marfins (o africano é maior do que o asiático ou indiano, como é conhecido). E no nosso mundo? África, ou ser africano, está na moda por esta Europa fora. Dependendo, é claro, do tal africano. Convém ser artista, modelo ou futebolista: se não couberes dentro dessa bolha chamada status, cais no lado marginal do imigrante, e aí estás fodido. Feições indianas, cabelo de africana, pele de europeia. Blá! Blá! Blá!… – O meu editor vende-me como angolano/africano, e não como português, porque é menos sexy: Kalaf Epalanga, há dias na Feira do Livro do Porto, num debate com Telma Tvon, moderado por Sheila Khan, um painel todo ele africano (ou europeu?) perante uma plateia maioritariamente europeia. Por que é que temos de ter estes rótulos? Por que é que primeiro temos de passar por essa aprovação? – De onde és? – Português […]
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